02/11/2007
Matéria no Jornal Nacional (Rede Globo) sobre experimentação animal e o PL 1.153/95 onde foi entrevistado George Guimarães, presidente do VEDDAS
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02.11.2007
Lei para o uso de cobaias
Cientistas brasileiros estão reunindo assinaturas e apoio político para a aprovação de uma lei que eles consideram fundamental para o desenvolvimento da ciência.
O animal vai para o sacrifício, mas antes vai ajudar na pesquisa de uma doença neurológica que mata metade dos pacientes em até quatro anos. O rato foi criado na própria Universidade Federal de São Paulo. Modificado geneticamente, ele apresenta os sintomas de quem tem a doença e substitui humanos nos testes de transplante de células-tronco.
Nos últimos cem anos, praticamente todos os grandes avanços da medicina dependeram de trabalhos feitos com animais em laboratórios, com cobaias. Essa é a história por trás dos antibióticos, dos analgésicos, dos antidepressivos, da própria insulina. Mas o Brasil não tem até hoje uma lei que defina quais são as regras para o uso desses animais de forma digna e humana.
Enquanto isso, no mais produtivo centro de pesquisa em saúde do país, um comitê de ética avalia e controla o uso de 30 mil cobaias por ano. É assim nas mais importantes universidades brasileiras.
"Um animal não pode ser utilizado sem sedação, sem métodos de anestesia adequados. Todas as normas internacionais são seguidas dentro da universidade", garante Miriam Ghiraldini Franco, do Comitê de Ética de Pesquisa da Unifesp.
Mas, para defensores dos animais, a discussão deve ser outra. Em vez de regras, o Grupo Veddas, que George Guimarães representa, quer abolir o uso de animais em laboratórios.
“Com o desenvolvimento tecnológico de culturas celulares in vitro ou do uso de softwares, é viável para a ciência moderna dispensar os animais. Só não é cômodo”, afirma George Guimarães.
O pesquisador Luiz Eugênio Mello representa instituições responsáveis por mais de um terço da produção científica nacional. Para ele, sem cobaias, a ciência brasileira ficará a reboque de outros países.
"Há Mal de Chagas nos EUA? Não há. Na França? Não. Há no Brasil. O Brasil tem que pesquisar as doenças que são suas, além de pesquisar outras doenças que são do mundo inteiro”, lembra ele.
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